O CONDICIONAMENTO DOS CASCOS – UMA PREOCUPAÇÃO PERMANENTE
PARA MELHORAR A PERFORMANCE E PROLONGAR A VIDA ÚTIL DOS SEUS CAVALOS
A.P.Toledo – engenheiro, vet assistant e farrier (USA), criador de equinos e autor dos livros: Mecânica de Sustentação e Locomoção dos Equinos, A Locomoção de Equídeos e Cavalos – Como Corrigir Aprumos, Ferrar e Cuidar dos Cascos.
Acostume-se a não examinar somente o cavalo da barriga para cima.
Olhe primeiro os cascos, depois os aprumos que formam as bases do animal.
Não há como deixar de lado o cuidado diário com os cascos e o condicionamento necessário para mantê-los com flexibilidade, rigidez, higiene e renovação adequada.
A figura 1 mostra um casco no qual foi retirada parte da muralha externa, devido à doença da linha branca, afecção causada por bactérias que vão destruindo o tecido da lâmina calosa que forma a linha branca.
Este problema é muito comum em animais constantemente ferrados e que não têm uma limpeza constante da sola, que evita o acúmulo de detritos que fornecem os três elementos fundamentais para início da afecção, que são: calor, falta de ar e umidade.
Esses elementos são comuns em baixo das ferraduras ou nos animais desferrados em baias sujas com fezes e urina ou em ambientes abrasivos de trabalho como a pista de areia. Em resumo, costumamos apelidar esta afecção de DR, ou seja, Doença do Relaxo, pois aparece em cascos que não são limpos e condicionados regularmente com o CASCOTÔNICO um produto natural, sem alcatrão.
F ig, 1(a) – Linha branca afetada
Fig. 1(b) – Muralha retirada
Em seguida ao condicionamento vem o cuidado com a estética da sola, mantendo-se a concavidade necessária, as barras, os canais da ranilha arejados, altura dos talões, balanceamento (metades iguais) e o ângulo ideal das paredes de acordo com a inclinação de paleta do cavalo.
A Figura 2 mostra um casco bem aparado, com os canais da ranilha permitindo a passagem de (arejados), as barras intactas, garantindo a distribuição do peso para as laterais (muralha de sustentação do casco), balanceamento (metades e talões iguais) e concavidade da sola.
Fig.2 – Casco bem aparado – canais da ranilha bem abertos, barras intactas, concavidade da sola, ranilha não toca o solo, muralha de sustentação forte e linha branca bem definida.
A Figura 3 mostra um casco bem condicionado, com matéria córnea e ranilha de boa qualidade e com ferrageamento corretivo usando balanceamento com cravos.
Fig. 3 – Casco da figura anterior condicionado e ferrado corretivamente com balanceamento por cravos para fechamento da pinça do anterior esquerdo
A movimentação do esteira e do puxador do boi na vaquejada e o esforço dos locomotores na corrida exigem muito dos cascos, sobretudo no piso de areia onde a ação abrasiva é intensa, facilitando as rachaduras e o aparecimento de afecções, como a laminite, decorrentes da forte concussão (choque do casco com o solo).
Em resumo: É sempre melhor prevenir do que paralisar a atividade do seu cavalo atleta para tratar os problemas de casco que comprometem a sustentação e a locomoção do atleta.
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